Beata Maria Celina da Apresentação

(1878-1897)
1897-Bmariacelina

A Beata Maria Celina da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria (no século:  Joana Germana Castang) nasceu em Nojals (França), a 24 de Maio de 1878. Quando tinha apenas quatro anos foi acometida pela poliomielite, que a privou do uso normal da perna esquerda. Não obstante isto, ela iniciou a frequentar a escola, mostrando uma inteligência viva e um carácter jovial.

Contudo, a partir da Primavera de 1887 uma série de provações e de lutos abateu-se sobre a família Castang, entre os quais graves dificuldades económicas. Mesmo na extrema indigência na qual se encontrou a família, Joana Germana, que tinha então dez anos, soube demonstrar uma generosidade e uma compaixão extraordinárias para a sua idade. No dia 12 de Junho de 1892 recebeu pela primeira vez a comunhão eucarística, com muita devoção e no mês de Julho, a Crisma. Desde então, Joana Germana dava a impressão de viver constantemente na presença de Deus, cumprindo com exactidão tudo o que lhe era confiado no trabalho e transmitido nos estudos.

Em 1893, começou a perseguir o próprio ideal de consagração, fazendo petição para entrar numa congregação. Mas, devido à jovem idade e ao seu coxear não foi aceite. Permaneceu, por conseguinte, no orfanato “Nazaré” até completar dezassete anos, aguardando pacientemente o dia estabelecido por Deus.

A 6 de Abril de 1896, após ter visitado com grande devoção o Santuário de Notre-Dame de Talence, pediu um colóquio com as clarissas do mosteiro “Ave Maria”, que conquistadas pela sua extraordinária humildade e pela amabilidade do seu carácter, prometeram recebê-la, não obstante a sua enfermidade. Entrou como postulante a 12 de Junho de 1896. Era a meta pela qual tinha aspirado desde menina, e para a qual Cristo a tinha conduzido pela mão, inclusive através da experiência do sofrimento.

No dia 21 de Novembro do mesmo ano, Joana Germana vestiu o hábito franciscano e assumiu o nome de Irmã Maria Celina da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria. Mais uma, vez como no baptismo, a vida desta humilde criatura foi confiada à materna protecção da Mãe de Deus.

“Ao deixar as vestes do mundo, pedirei a Jesus que elimine todos os pensamentos inúteis do meu coração e me dê o espírito religioso; ao vestir o hábito de clarissa, pedirei ao meu Esposo que me cubra com o espírito da mortificação, da renúncia e da penitência, cingindo-me com o cordão.

Pedirei para me libertar da falsa liberdade e me unir a Si com as correntes do seu santo amor; ao colocar o santo véu, suplicar-lhe-ei para me esconder da vista das criaturas. Quero viver escondida em Deus”. Estes propósitos foram traçados no pequeno caderno de anotações pessoais, nas vésperas da vestição. Contudo, a sua saúde começou a declinar e no dia 30 de Maio de 1897 após 190 dias da sua entrada no noviciado emitiu a Profissão religiosa “in articulo mortis” e fez o seu ingresso triunfal na eternidade dos Santos.

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