A Regra de Santa Clara

No dia 9 de agosto, comemoramos a aprovação da Regra de Santa Clara, ocorrida em 1253, 2 dias antes de seu trânsito.
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A Regra ou Forma de Vida de Santa Clara de Assis foi o ponto de chegada de uma longa experiência de vida na pobreza e na fraternidade. Para Clara, como para Francisco, a motivação da pobreza é a mesma: Jesus e Sua Mãe foram pobres. E, Clara, lembra mais vezes o exemplo de Nossa Senhora.

A solicitude de Clara pelo seguimento da Pobreza de Cristo prometida a Francisco foi a questão mais dramática de toda a sua vida. Já em 1216, ela obteve do Papa Inocêncio III o seu primeiro Privilégio da Pobreza, ou seja, o privilégio de ser pobre e não ter propriedades.

Clara foi a primeira mulher na Igreja a escrever uma Regra, que foi aprovada pelo Papa.

O processo de redação da Regra de Santa Clara foi gradual: primeiro ela foi “vivida”, e só depois foi posto como documento oficial, escrito e aprovado em 11 de agosto de 1253.

“O grande desafio de Clara foi a união de uma viva Tradição monástica secular, e de uma nova Forma de Vida inspirada a ela e a Francisco pelo Espirito Santo, que exigiu dela um profundo e sério discernimento, que em definitivo dará originalidade ao seu projeto evangélico. O discernimento será feito com critérios franciscanos. Em primeiro lugar, ela não seguirá um tipo de clausura ou reclusão que deixe pouco espaço para fraternidade, e não aceitará uma vida comunitária e pobre que não assegure a contemplação, e não escolherá uma vida que não leve em conta a sua escolha de pobreza. A sua clausura está em função da tríplice escolha, do tríplice discernimento com o qual ela concretizou monasticamente a sequela franciscana de Jesus: fraternidade, contemplação e pobreza, em comunhão complementar com Francisco e dentro de uma maravilhosa fidelidade a Igreja.” (Chiara Lainati)

Na sequela de Jesus Pobre tomou forma a fraternidade, esta que é o lugar onde o Evangelho se faz carne no cotidiano da vida, no pequeno claustro de São Damião, onde se vive em clausura, não em um fechamento para o mundo, mas para possuir, para ver a Deus face a face, para entrar na pertença a Cristo em absoluto, em um matrimônio místico esponsal , gerando Cristo para o mundo, como sinais da vida que há de vir.

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