Monges e Freiras de Clausura iniciam encontro no Santuário Nacional

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É no mesmo espaço em que aconteceu a Conferência de Aparecida, há 10 anos, o auditório Padre Noé Sotillo, que o Santuário Nacional acolheu nesta terça-feira, 23 de maio, o II Encontro Nacional de Vida Monástica e Contemplativa. Monges, freiras de clausura, abades e irmãs de diversas congregações do Brasil, aproveitam a oportunidade de comunhão entre carismas. O Encontro recebe o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz.
Ele celebrou a missa de abertura na Capela São José e participará do encontro até o dia 27 de maio, quando se encerra o evento. Com o tema “A Alegria da Consagração Monástica e Contemplativa”, e o lema: “Eis como é bom e agradável estarmos unidos e felizes” (Sl 133,1), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) são quem promovem o encontro.
Presentes como anfitriões, O Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, o Bispo de Porto Alegre (RS) e Referencial para a vida consagrada, Dom Jaime Spengler e a presidente da CRB, Irmã Maria Inês Ribeiro, MAD.

O Evento é um momento fraterno de encorajamento e integração, mediante o modo como cada um vive a sua identidade, dentro da mística e missão da vida consagrada. Dentre as atividades a serem realizadas estão: oração em comum, conferências, celebrações eucarísticas, partilhas, testemunhos e diálogo com os conferencistas.

Boas-Vindas

Durante a missa de abertura, Dom João Braz de Aviz destacou o fato de estarem concentradas em um mesmo local, escolas de espiritualidade e vida cristã, algumas com 1500 anos, que atravessaram os séculos e cresceram em diversidade. “A vida contemplativa é pedra forte, chamada pelo Papa de Tesouros da Igreja”.
Ele também disse que a Igreja precisa da vida contemplativa e reforçou três pontos importantes pedidos pelo Concílio Vaticano II: “Precisamos desse ‘para-raios’ e nesse momento o concílio nos pede três coisas para vida consagrada: buscar, todos nós, sermos discípulos de Jesus, ou seja, ser o Evangelho na prática. Depois, conservar a tradição do essencial, não das coisas seculares, porque a gente pode se atualizar, mas o essencial não pode nos faltar, voltar sempre a buscar o coração simples. E por último, Deus sempre falou aos homens e as mulheres do seu tempo. Precisamos manter o diálogo constante com o homem do nosso tempo, saber escutar, onde estão as necessidades, nos abrir, dar resposta de vida e testemunho para as coisas que são necessárias. Não basta ensinar a doutrina”, explica.

Momento de respiro e crescimento em conjunto

O Cardeal também lembra a certeza da comunhão com o Santo Padre. “Sempre há preocupação que a gente abençoe em nome dele, aqueles que a gente vai encontrar. Então vamos sentir essa presença dele conosco. É um momento significativo, porque vem à tona a questão do testemunho Cristão. A espiritualidade, nós todos somos chamados a seguir. E dentro desse caminho as estradas particulares que Deus nos chamou”.

Dom Orlando Brandes saudou a todos os participantes, dizendo que todos são peregrinos e peregrinas do “Rosto do Senhor” e que Nossa Senhora Aparecida não falou palavra nenhuma, então é nossa senhora do silencio. “Que encontremos algo que nos possa silenciar. Uma pessoa quebrou a Imagem de Aparecida em pedaços, mas as mãos postas dela, não se quebraram”, finaliza.
Dom Jaime Spengler enalteceu o trabalho da CRB em favor da vida consagrada e relembrou os 300 anos de Aparecida e o centenário de Fátima. “O Papa nos diz que vivemos uma guerra aos pedaços, nós como mulheres e homens de oração, estamos aqui aos pés de Nossa Senhora. Como pode uma figura ter tantos títulos? Maria de Nazaré mostra os traços de todos os humanos, nos encontramos no rosto dela”.

Irmã Maria Inês diz que a oportunidade de reunir os carismas diferentes é uma grande benção para a Igreja do Brasil e para vida consagrada. “Vocês para nós são os pulmões da Igreja do Brasil. Estamos aqui cheios de esperança”, acrescentou.
Já a Madre da Ordem Concepcionista, Lindinalva de Maria sente um grande carinho da Igreja para a vida contemplativa. “A gente se sente cuidado pela Igreja. Queremos ser fiéis aos nossos carismas, mas sobretudo, crescendo na comunhão, pois se agente se une, somos mais fortes, crescemos e enriquecemos. Vai marcar os nossos corações e nos fazermos melhores”.

Fonte: Portal A12

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