A Santa e Verdadeira Pobreza e o poder de sua Santa Oração
Neste dia em que celebramos a Novena em honra a Santa Clara de Assis contemplamos a Altíssima Pobreza que Clara abraçou e como, a partir dela, pode experimentar a Doçura Escondida que Deus reservou àqueles que O amam
Logo no começo de sua conversão, Santa Clara desfez-se da herança paterna que recebera e, sem guardar nada para si, deu tudo aos pobres. Depois, deixando o mundo lá fora, com a alma enriquecida interiormente, correu livre, sem bolsa, atrás de Cristo.
Fez um pacto tão forte com a santa pobreza, tanto amor lhe consagrou, que nada queria possuir nem permitiu que suas filhas possuíssem, senão o Cristo Senhor. Em alocuções frequentes, inculcava nas Irmãs que a comunidade seria agradável a Deus na medida em que fosse opulenta de pobreza… No pequeno ninho da pobreza, animava-as a conformar-se com o Cristo pobre, deitado pela mãe pobrezinha em mísero presépio. Querendo destacar sua Ordem com o título da pobreza, solicitou de Inocêncio III, de feliz memória, o privilégio da pobreza.
Clara em sua oração constante, trazia do fogo do altar do Senhor palavras ardentes que acendiam também os corações das Irmãs. Admiravam a doçura que vinha de sua boca e o rosto parecendo mais claro que de costume. Certamente, Deus tinha banqueteado a pobre em sua doçura (cfr. Sl 67,11), e a alma cumulada de luz verdadeira na oração estava transparecendo no corpo.
Assim, unida imutavelmente a seu nobre Esposo, deliciava-se continuamente nas coisas do alto.
Costumava ir antes que as jovens para as Matinas, acordando-as com sinais silenciosos e incitando-as ao louvor. Em geral, acendia as luzes quando as outras dormiam. Muitas vezes era ela que tocava o sino. Em seu convento, não havia lugar para tibieza, nem desídia, pois a preguiça era atacada por forte estímulo para orar e servir ao Senhor.
Não é de admirar que a oração de Clara tivesse poder contra a maldade dos homens, se fazia arder até os demônios. Aconteceu que uma devota, da diocese de Pisa, veio uma vez ao lugar para agradecer a Deus e a Santa Clara porque, por seus méritos, fora libertada de cinco demônios. Na hora da expulsão, os demônios confessaram que a oração de Santa Clara os queimava e os desalojava daquele vaso de sua posse.
Não foi à-toa que o senhor papa Gregório teve admirável fé nas orações desta santa, cuja virtude provara ser eficaz. Muitas vezes, como bispo de Óstia ou já elevado ao trono apostólico, ao surgir alguma dificuldade, como acontece, dirigia-se por carta à mencionada virgem: pedia orações e já sentia a ajuda. É algo certamente notável pela humildade e que deve ser fervorosamente imitado: o Vigário de Cristo reclamando a ajuda da serva de Cristo e recomendando-se a suas virtudes.
Certamente sabia de que é capaz o amor e como é livre o acesso das virgens puras ao consistório da divina Majestade. Se o Rei dos céus entrega-se Ele mesmo aos que o amam com fervor, o que não há de conceder, se convém, aos que o rogam com devoção?
ORAÇÃO: Ó querida Santa Clara, que confiaste plenamente no Senhor Jesus nos momentos de perigo, e dele alcançaste a promessa de que sempre guardaria a ti e às tuas irmãs, nós te rogamos que intercedas por nossas necessidades. Permanece atenta para com a situação pela qual te pedimos. Atende-nos, Santa Clara, por causa de tua infinita confiança em Jesus .Amém