Fundação: 02.06.1963
Ao som de vozes entoando o hino “Deus eterno a Vós louvor” e de lencinhos brancos sacudidos pela brisa marinha daquela tarde saudosa, mas cheia de expectativas e esperanças, aos 15 de março de 1963, Missionárias Clarissas deixam a pátria idolatrada, a amada cidade de Nova York e as queridas Irmãs do Mosteiro Santa Clara.
Madre Maria Teresa, Irmã Maria Filomena, Irmã Maria Jane, Irmã Maria Catarina, Irmã Rosa Maria, Irmã Margareth, Irmã Maria Loreta, Irmã Maria Joana, Irmã Maria Dolores e Irmã Maria Regina, a bordo de um “mosteiro flutuante”, aventuram-se durante 12 dias no Oceano atlântico, até, enfim, avistarem ao longe, Alguém que lhes aguardava de braços abertos: o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ele é sempre o ponto de chegada e o ponto de partida de toda Irmã Clarissa.
Como peregrinas e forasteiras, apenas beijaram os pés do Cristo Redentor e seguiram caminho para o Coração do Brasil. O destino era Anápolis, onde já lhes aguardavam ansiosos os Frades Menores, também americanos. Não podia ser diferente: “É verdadeiramente difícil separar estes dois nomes: Francisco e Clara”.
As Irmãs Franciscanas de Aleganny acolheram inicialmente as Irmãs. Ficaram hospedadas no convento Mãe Admirável até que o mosteirinho provisório estivesse pronto para receber suas especiais inquilinas. Dia de Pentecostes foi o dia escolhido, era 02 de junho de 1953.
O mosteirinho provisório ficava ao lado do terreno onde seria construído o novo Mosteiro Santa Clara. O terreno era grande e lindo, e havia um pequeno córrego; logo foram realizadas plantações de árvores frutíferas. Quando as cobras de cores diversas e outros animais, inclusive uma oncinha, começaram a aparecer, também isto foi aceito com alegria, pois as irmãs sabiam que como filhas do Irmão Universal, também essas criaturas eram suas irmãs.
Após 25 anos de ação de graças no coração do Brasil, estando já Madre Teresa juntamente com Irmã Filomena “seguindo o Cordeiro onde quer que Ele vá,”, as queridas irmãs fundadoras retornaram para Nova York. Madre Maria Pacífica, abadessa do Mosteiro Nossa Senhora dos Anjos, do Rio de Janeiro, deu continuidade à presença clariana em Anápolis, enviando um grupo de irmãs para este mosteiro de florescente vocações.
Em 2001 partiram daqui irmãs intrépidas, fiéis seguidoras da discípula do Pobrezinho de Assis, para levarem a presença da espiritualidade clariana ao Distrito Federal. Após árdua luta, estabeleceram-se num bonito mosteiro em Brazlândia, onde sob a proteção de Santa Clara, cantam dia e noite louvores ao Deus Trino.
Passando-se apenas sete anos, mais uma fundação se forma a partir do coração do Brasil. Desta vez para o Mato Grosso do Sul, em Dourados.
Em 2010 Frei Wanderley Carvalho do Couto, Ministro Provincial da Província do Santíssimo Nome de Jesus solicitou à presidente da Federação Sagrada Família, Madre Maria José da Rosa Mística, uma ajuda efetiva de governo para o Mosteiro. Em 2011 foi enviada uma delegada da Federação, que assumiu o Mosteiro até 2014, quando a própria Madre Maria José, vinda do Mosteiro Mater Christi, foi eleita Madre Abadessa, dando continuidade ao trabalho realizado pela Federação.
Mais de 50 anos se passaram desde a chegada de nossas queridas Irmãs vindas de Nova York… Que as palavras do Papa Francisco se realizem em nós e em todas as Contemplativas do mundo inteiro: “Ao longo dos séculos, a experiência destas irmãs, centrada no Senhor como primeiro e único amor, gerou abundantes frutos de santidade e missão. Quanta eficácia apostólica se irradia dos mosteiros através da oração e da imolação! Quanta alegria e profecia grita ao mundo o silêncio dos claustros! Pelos frutos de santidade e graça que o Senhor sempre suscitou através da vida monástica feminina, ergamos ao “altíssimo, onipotente e bom Senhor” o hino de agradecimento “Louvado sejais, meu Senhor”.
